Association - Documents et actions
INTERNATIONAL - Paris, 11 et 12 décembre 1998 | |
COMPTES-RENDUSDocuments Participation : 10 pays présents : Philippines, Corée du Sud, Brésil, Mexique, Sénégal, Italie, Finlande, Belgique, Suisse, France. Participants divers :
Excusés :
La réunion avait quatre objectifs essentiels :
Débattre de lorientation Après une présentation de lorigine, de lévolution et des buts de lassociation ATTAC France, les différents participants ont présenté les objectifs et les expériences de leurs organisations. Trois points ressortent de la discussion :
Ces points communs constituent la plate-forme ATTAC internationale qui aura la double fonction dune part, de servir de cadre de référence pour les organisations ATTAC ou celles qui se reconnaissent dans ce mouvement, et dautre part, elle constitue une base pour un travail en commun avec dautres réseaux (voir ci-joint). Comment travailler ensemble Les participants ont décidé :
Initiatives prévues Décision dune publication régulière de lensemble des initiatives du mouvement, des associations membres, et des réseaux avec lesquels nous coopérons. 25-30-31/01/99 Sommet « Autre Davos » en parallèle du Sommet de Davos, initiative commune des réseaux, ATTAC, Coordination contre lAMI, Forum pour une alternative mondiale, SAPRIN. Proposition dune initiative mondiale Les participants se sont donnés le délai dun mois pour confirmer le projet, les dates, le programme, le financement. Il sagirait dune rencontre à Paris Date : 21-29 juin, suite au contre G7 sommet qui aura lieu à Cologne le 19/06/99. Objectif : réunir 2000 participants (moitié français). Idée de ne pas se limiter à un représentant par pays, mais davoir des délégations larges, comprenant des militants de terrain. Parrainage : à étudier, lidée de parrainage par chaque Comité local ATTAC, ou organisations membres, dun ou deux étrangers. Cela consisterait en une prise en charge du voyage, dun accueil et dinitiative locale, et ensuite dune participation sur 3 jours à linitiative nationale Nous suggérons que des parrainages similaires puissent avoir lieu dans dautres pays européens. Une décision positive pour la tenue de cette « Rencontre mondiale » nécessitera un engagement extrêmement important et rapide de la part dATTAC France. Annexe Thèmes choisis par les partenaires internationaux du mouvement ATTAC au cours de la réunion des 11 et 12/12. Taxation :
Na companhia de dois outros brasileiros (Maria Regina Pilla, de Porto Alegre, e Joaquim Palhares, de São Paulo), participei em Paris, na última sexta e sábado, da primeira reunião internacional da Associação Attac. De alguma maneira, já havíamos conversado sobre a iniciativa, cujo objetivo é estabelecer um movimento mundial contra a globalização neoliberal e a ditadura dos mercados financeiros. Realizada no subúrbio de Saint Ouen, um dos mais marcados pelo desemprego e pela imigração desprotegida, a reunião foi um sucesso, se levamos em conta, como é preciso, que a idéia do Attac foi lançada há menos de um ano. Adotou-se uma agenda comum de trabalho, com atividades internacionais, um encontro amplo em Paris, em junho de 99, e uma rede de mobilização via Internet. Surgiu, num certo momento, um debate político promissor sobre os rumos do movimento. As decisões adotadas abrem boas perspectivas para attacar também no Brasil. Precisamos agora encontrar a melhor maneira de superar nossas debilidades, tirar proveito da força que temos e ir adiante. Faço a você, agora, meu relato da reunião. 1. REPERCUSSÃO INTERNACIONAL, LIDERANÇA FRANCESA: A primeira lição do encontro é que, mesmo sem contar com apoio da grande imprensa, a luta contra o neoliberalismo pode correr mundo, desde que se materialize em propostas políticas inteligentes. Num auditório confortável e moderno, de um prédio que serviu a uma empresa falida e hoje é dividido por quatro ONGs, reuniram-se cerca de cinqüenta pessoas, de onze: quatro da Europa (França, Bélgica, Itália, Suíca e Finlândia), duas da América Latina (Brasil e México), duas da Ásia (Coréia do Sul e Filipinas) e duas da África (Senegal e Mali). Todas os participantes representavam, de alguma maneira, esforços já iniciados para debater a proposta da Associação Attac ou levá-la à prática. É evidente que a reunião girou em torno das propostas dos franceses. Os últimos dados indicam que já há aqui mais de 5 mil aderentes ao movimento; os comitês, locais ou municipais, são mais de cem; e a primeira reunião nacional, realizada há dois meses numa cidade de difícil acesso (La Ciotat) contou com quase mil participantes. Foi com a autoridade de um dos líderes desse movimento que Christophe Aguiton abriu, na manhã de sexta-feira, o encontro internacional. Principal referência da Ação contra o Desemprego (AC!) francesa e das Marchas Européias contra o Desemprego, Aguiton é também o secretário-geral e o responsável pelas relações internacionais do Attac. Sua intervenção foi ao mesmo tempo política e prática. Descreveu brevemente a história da entidade na França. Apresentou uma proposta de calendário conjunto de mobilizações, cujos pontos centrais são um Outro-Davos internacional no fim de janeiro e um encontro de 3 mil pessoas em Paris, daqui a sete meses. Mas ressalvou que ambas as propostas só seriam viáveis se houvesse concordância das demais delegações. 2. JÁ NÃO SOMOS TÃO POUCOS: A reunião foi interrompida para o almoço. Em quase todo canto de Paris, come-se um bom prato do dia, bebe-se meia garrafa do ótimo vinho nacional e se come sobremesa (bomba de chocolate ou uma seleção de queijos, por exemplo, acompanhados de café expresso) por dez dólares -- menos do que se paga por um churrasco e uma cerveja no Bar das Putas de São Paulo. A começo da tarde de sexta foi dedicado a um balanço do Attac no mundo. Houve um certo destaque para o Brasil, a Coréia, o Senegal e a Suíça talvez por serem países onde há pelo menos um embrião do movimento. O mais interessante, porém, foi que surgiu aos poucos o que talvez seja visto, daqui a alguns anos, como o primeiro debate político do Attac. 3. O PRIMEIRO DEBATE INTERNO: A questão era: qual o programa da Associação? Lançada há um ano, quando a crise do neoliberalismo era muito menos grave, ela se formou em torno da idéia da Taxa Tobin. Mas... e agora? As dúvidas surgiram naturalmente. Os representantes da Suíca, um casal de italofalantes loiros, simpáticos e de mais ou menos trinta anos, adiantaram-se, ao lembrarem que, nos países vítimas de crise cambial, falar em taxação de 0,05% para os capitais especulativos é mais ou menos a mesma coisa que oferecer bandeide a infartado. O senegalês -- que é branco, viveu na França e dirige uma ONG, mas não esqueceu a simpatia nem a simplicidade -- foi pelo mesmo caminho. Num certo momento, a reunião quase descambou para o eurocentrismo: os finlandeses queriam, a todo custo, que debatêssemos a idéia da Taxa Tobin num só país (ou ao menos num só continente, a Europa). Nesta fase, o Palhares, do Brasil, fez uma intervenção ouvida atentamente: falou dos simpósios de Direito Bancário e dos efeitos que as taxas de juros elevadíssimas provocam nos países pobres. Acabei falando, também: disse que era preciso conservarmos, como reivindicação unitária, a Taxa Tobin; que não havia acúmulo para ir muito mais adiante coletivamente; mas que, ao mesmo tempo, o movimento deveria estar aberto para incorporar (e estimular) todas as reivindicações contra a ditadura dos capitais lançadas por suas seções nacionais. Na noite do sábado, funcionaram dois grupos. Um deles, do qual participamos os brasileiros, formulou una nova proposta para o documento-base do Attac no mundo. Há algumas mudanças em relação ao texto escrito na França, todas propostas pelos bravos representantes do terceiro mundo: 1. Mencionar claramente a situação dos países vítimas de crises cambiais, porque é neles que se manifestam, com mais crueza, os efeitos da ditadura dos mercados; 2. Propor, entre os objetivos do movimento, medidas que enquadrem os capitais financeiros. O segundo grupo discutiu a jornada internacional por um outro-Davos, que seria tratada com presença de todos no sábado. 4. TEMOS NOSSA PRÓPRIA AGENDA...: Os franceses são pontuais. Quando a delegação brasileira chegou, às dez da manhã do sábado, o sol mal havia nascido, mas o encontro já estava em andamento havia uma hora. Ao contrário da véspera, não houve propriamente discussão política. Em compensação, foram definidas a agenda de mobilizações e a rede de contatos e debates via Internet, que ainda vai dar pano para manga. O calendário de ações internacionais do Attac será inaugurado na última semana de janeiro. É o período em que se realiza o Forum Mundial de Davos. Dezenas de dirigentes de organizações financeiras internacionais, de ministros das finanças e de banqueiros reúnem-se todos os invernos nessa estação de esqui dos alpes suíços para fazer um balanço da situação econômica do mundo e traçar planos para os meses seguintes. Ideologicamente, é um encontro marcado pela ampla hegemonia das idéias neoliberais e por todos os seus subprodutos. Assustados pelo início de um abalo internacional nos mercados financeiros, os organizadores incluíram, em janeiro deste ano, uma palestra com... o mago brasileiro Paulo Coelho. Não foi suficiente, sabe-se hoje, para afastar o fantasma da crise. Haverá uma novidade diferente, em 99. Um conjunto de associações que resistem ao neoliberalismo está organizando um Outro-Davos. Em 30 de janeiro, um sábado, centenas de manifestantes pretendem desafiar o rígido esquema de segurança que cerca o encontro dos banqueiros, para realizar um protesto. As formas que a manifestação assumirá serão definidas nas próximas semanas e o melhor meio para obter maiores informações a respeito é um contato direito com um belga que fala perfeitamente o português. É François Houtart, um dos animadores do Forum Mundial das Alternativas, que pode ser encontrado através do telefone (003210) 45.0822 ou do email houtart@espo.ucl.ac.be. Como a reunião de Davos tem ampla cobertura na imprensa de todos os países, e como nunca houve antes protestos, é possível que o Outro-Davos também seja desstacado em diversas partes do mundo. O encontro internacional da Associação Attac decidiu, no entanto, ir além. A proposta é organizar, nos países onde o movimento está se constituindo, Outros-Davos locais. São protestos ou debates, se possível com repercussão junto à opinião pública, cujo objetivo é firmar duas idéias: estamos dispostos a construir uma alternativa ao neoliberalismo; se as elites globalizam o capital, nós podemos fazer o mesmo com as lutas de resistência. No Brasil, haviam surgido, durante conversas anteriores ao encontro internacional e em especial após uma reunião muito produtiva com o MST, algumas alternativas para o Outro-Davos: * Realizar, durante a reunião da direção nacional do MST (17 a 22 de janeiro, em Cajamar-SP), um debate sobre a globalização das lutas contra o neoliberalismo. Participariam um economista com atuação destacada no Brasil (pensamos na Maria da Conceição Tavares) e um integrante destacado do Attac internacional; * Como alternativa, e se a data for mais favorável, realizar um debate com o mesmo tema durante o Encontro Nacional das Mulheres da Roça (primeira semana de fevereiro, em Brasília); * Os dois eventos anteriores têm enorme importância simbólica, pois permitem associar o Attac ao movimento social brasileiro mais importante da atualidade, o MST. Mas queremos mais. Surgiu também a idéia de realizar o mesmo debate num auditório tradicional, de São Paulo ou do Rio, em data que se possível coincida com o Outro-Davos da Suíça. Na mesma ocasião, poderemos reunir os diversos núcleos pró-Attac que já existem no Brasil e constituir formalmente o movimento. 5. ...E NOS ENCONTRAREMOS EM PARIS: Além do Outro-Davos no final de janeiro, a seção francesa do Attac apresentou outra proposta de grande repercussão, igualmente aprovada. Em junho de 99, verão do hemisfério norte, o movimento realizará em Paris seu primeiro grande encontro internacional. Se os planos se confirmarem, será um acontecimento inovador e marcante. Os franceses esperam a presença de três mil pessoas. Metade, segundo eles, virá deste próprio país, que fez as revoluções mais importantes dos séculos passados; que se entregou sem resistência às tropas de Hitler neste século; e que parece disposto a ir de novo à luta, às vésperas do próximo (veja tópico sobre os movimentos sociais). Organizações sociais e militantes franceses e europeus patrocinarão, além disso, a viagem dos representantes dos países empobrecidos. O esquema é inovador, porque os convites serão descentralizados. Através dos diversos comitês Attac, cada grupo francês que participa do movimento fará, nos próximos meses, contatos e convites a parceiros do terceiro mundo. Num exemplo evidente, os agricultores que lutam contra o fim dos subsídios a seus produtos convidam uma delegação do MST. Ao invés de participar apenas do encontro mundial do Attac, esta delegação se reúne com seus próprios anfritriões, dias antes, para uma jornada de troca de experiências. Os franceses pensam em convidar cerca de 750 delegados do Sul para o encontro. Seu objetivo principal é promover, em Paris, um encontro entre a grande militância que o Attac já reúne aqui (e que é constituída, em boa parte, por gente jovem e sem outra experiência política anterior) e os movimentos sociais que fazem, de diversas maneiras e em diferentes partes do mundo, outras lutas de resistência ao neoliberalismo. Não deu outra: o encontro internacional de junho foi aprovado com entusiasmo. 6. NA VELOCIDADE DA INTERNET: Várias horas da tarde de sábado foram dedicadas ao exame das diversas possibilidades que a Internet abre para um Attac integrado e eficiente contra o neoliberalismo, em todo o mundo. O movimento já possui um site (http://www.attac.org) traduzido em diversos idiomas. Agora, os objetivos são ainda maiores. Em cada país onde existe uma Associação Attac, uma lista de discussões vai permitir que se troquem instantaneamente informações e pontos de vista sobre os rumos do movimento. Recurso criado a partir da Internet, as listas são uma espécie de sala de conferências, permanente e eletrônica. Pessoas ou organizações com um objetivo comum inscrevem-se nela através de um simples e-mail, enviado para um determinado endereço. A partir de então, as mensagens enviadas pelos inscritos para este endereço são automaticamente distribuídas para todos os demais integrantes de lista. Você, que está recebendo esta mensagem, será inscrito dentro de algumas horas na lista brasileira. Divulgue-a para quem quiser. Os procedimentos, tanto para entrar no grupo quanto para participar, são simples e automatizados. Basta vencer o mal-estar que os comandos em inglês naturalmente provocam: * Para integrar-se à lista, escreva uma mensagem para bem-vind-request@attac.org. Coloque, como título, apenas a palavra subscribe ou a abreviação, por vários motivos mais agradável, sub. Não escreva nada no corpo do e-mail; * Este primeiro endereço será usado apenas no momento da inscrição. Em seguida, todos os seus relatos ou comentários devem ser enviados para um email que é bem mais fácil memorizar: bem-vind@attac.org. Há duas outras listas. Se você quer participar dos debates internacionais do Attac, basta ir à página de entrada do site da organização (http://www.attac.org) e deixar seu e-mail numa janelinha que aparece logo que se acessa o endereço. Os temas tratados são muito interessantes e vale a pena acompanhar algumas das polêmicas. A ressalva é que quase todas as mensagens são em francês, e a lista é às vezes exageradamente profícua: uma vez inscrito, você receberá pelo menos uns dez emails por dia. Uma terceira lista, criada na reunião, é um pouco mais restrita. O objetivo é trocar informações entre os integrantes das diversas seções do Attac no mundo. Se você quer participar também desta, escreva para abp@ax.apc.org. 7. UMA OPINIÃO PESSOAL: Dias antes do encontro de Paris, Francisco Whitaker (secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e incentivador destacado do Attac no Brasil) e eu havíamos mantindo um encontro com João Pedro Stédile, coordenador do MST, para convidar o movimento a integrar-se a esta nova luta contra o neoliberalismo. A reunião foi muito animadora. João Pedro abriu a possibilidade do MST participar das ações anti-Davos que ocorrerão no Brasil. Convidou-nos a integrar o Attac às atividades do Tribunal da Dívida Externa, que será realizado entre o final de março e o início de abril no Rio de Janeiro. E afirmou que, passado o encontro, no fqual o MST está empregando parte de suas energias, os sem-terra tentarão canalizar a mobilização resultante para o Attac brasileiro. Após o encontro de Paris, o que combinamos naquela reunião parece ainda mais acertado. Está crescendo, entre o Attac em todo o mundo, a idéia de que não basta lutar apenas por uma taxação das transações financeiras e de que o movimento não pode separar-se das lutas contra o neoliberalismo já iniciadas. Boa parte das forças que resistem à globalização neoliberal participarão do Tribunal da Dívida Externa, que deverá ter repercussão não desprezível. Penso que devemos nos concentrar, agora, no sucesso dele e das atividades anti-Davos, que é preciso organizar com urgência. Seria ótimo organizar, ao mesmo tempo, uma espécie de núcleo de estudos, que se propusesse a incentivar, sistematizar e popularizar as análises sobre a crise cambial brasileira, o acordo com o FMI, o pacotaço e seus antecedentes. Nunca, que eu me lembre, houve, por parte das elites e de sua imprensa, uma tentativa tão sistemática e organizada de encobrir o que se passa com nossa economia. No terreno do debate de idéias, desmontar a mentira já seria um ótimo começo. 8. UMA NOVA PERSPECTIVA: Na noite de sábado, o diretor do Le Monde Diplomatique, Bernard Cassen, convidou a delegação brasileira para um jantar, num restaurante parisiense em que não faltou sequer o maitre com a ponta do bigode curvada para dentro. O mais importante é que ficaram praticamente acertadas as bases para um acordo que permitirá lançar uma edição brasileira do jornal. Será um enorme passo adiante, porque contaremos com a qualidade e o prestígio de quem é hoje, no jornalismo internacional, o porta-voz mais destacado das idéias de resistência ao neoliberalismo. Não vamos nos limitar, porém, a selecionar matérias e traduzi-las: queremos produzir material próprio. É assunto para uma nova carta, que você receberá em breve. Forte abraço, Heikki
Patomäki & Katarina Sehm
ATTAC, Association pour une taxation sur les transactions financière pour l'aide aux citoyens (Association for a Taxation of Financial Transactions in Assistance to the Citizens), was launched with the article "Disarming the Markets" in Le Monde Diplomatique by Ignacio Ramonet in December 1997. Officially, ATTAC was founded in June 1998 by a number of editorial boards, trade unions and associations (such as the main associations of the unemployed in France) to advocate the Tobin tax and other, related measures. ATTAC is also open to individual membership. Only six months after its foundation, ATTAC already has some 5,000 individual members while dozens of local committees are being built. ATTACs have emerged also at least in Switzerland and Canada (Quebec), and it seems that one is now being formed also in Brazil. The first international ATTAC meeting took place in Paris on 11-12 December 1998, in an old factory in Saint Ouen a less well-off part of Paris that is being transformed into a cultural centre. At any given time, 25-50 participants were present. In principle, they represented all continents of the world. In practice, the descending order of concentric circles was clear: (1) the francophonic world; (2) the latin world; (3) South East Asia; and (4) the rest of the world. Obviously, half of the participants came from France, mostly members of ATTAC responsible for particular and explicit international connections. European citizens were represented by Belgium, Switzerland and Italy, as well as NIGD (the writers of this report), representing Finland and, more ambivalently, the UK. From outside Europe, citizens of Mexico, Brazil, Senegal/Mali, South-Korea and the Philippines were present. The main working language was French simultaneously interpreted into English and Spanish. There were two practical aims for this meeting besides networking (which was given a considerable amount of the official floor time, too). Firstly, the initiative of a "contra-Davos" meeting in January 1999; and secondly, a large-scale "Summer 99 Meeting" in Paris. Although well planned, the contra-Davos appeared to us to be a plan for a typical "anti" demonstration that usually does not lead to anything (at best, three seconds in a CNN news flash). The summer meeting is much more interesting and clearly also more essential for ATTAC. The idea is to organise a rather massive transnational event in Paris to support the aims and demands of ATTAC. However, as yet, the plan or agenda appear to be not very clear, as the somewhat vague working name for the event also suggests. Even the timing is still open, for it may well be that ATTAC does not have enough resources to organise this event on such short notice. Potentially, however, the summer meeting is crucial for the success of ATTAC in its strives for limiting financial speculations, enhancing the regulation of capital flows, and ensuring the reduction of social inequalities. ATTAC also asked the participants to work in their respective countries in the West, that is for mobilising resources for inviting Third World representatives on a large scale. The general political aim of this December 98 Paris-meeting was to encourage the rapid formation of transnational linkages between various movements and organisations, also across issue-areas. All these movements and organisations have accepted the importance of the Tobin tax and related measures, yet many of them are more focussed on other issues (anti-MAI, anti-IMF, anti-neoliberalism, alternative development, pro-ethical bank, pro labour rights, pro transnational consumer policies etc.). The means for creating these links was simple: to extend the agenda by adding everything possible to it. An obvious consequence of this strategy is that the Tobin tax and related measures and reforms will be buried inside a list and blueprints of all imaginable "good things" (whether consistent or not). Besides being politically naïve, this way of creating alliances is also short-sighted, since it underestimates the potential of the Tobin tax (and other related taxes) to open up entirely new possibilities of reorganising global governance. Once liberated from the dictates and financial blackmail of the big states, the UN, the financial institutions and the WTO would be much more eligible to politicisation and democratic and socially oriented changes. There seems to be no concrete plan for materialising the Tobin tax, neither was the creation of such a plan discussed in the meeting. The Finnish initiative to advocate as a first step a European unilateral tax gained quite a lot of support in the discussions. In fact, some members of ATTAC have previously advocated similar solutions. Yet, the EU-based strategy was omitted from the Platform which was also discussed in the meeting because it is too "Eurocentric". This is most unfortunate, since this idea, in the lack of any convincing alternatives, could be seen as a basis for a viable global, political strategy. Moreover, this EU-based strategy would not contradict simultaneous struggles elsewhere for the same aim. Also, the points about the UN and its reforms were erased, "because this has not yet been discussed within ATTAC". But it should be obvious that stubborn opposition against the IMF etc. is not quite enough for a robust and convincing political programme. A programme requires positive, globalist, and imaginative, yet concrete visions about political possibilities. From the point of view of the Finnish initiative and campaign, the international ATTAC meeting gives rise to a number of considerations. In sum, firstly, there is a lot of potential for ATTAC serving as a pivotal point in a network of activities striving for a Tobin tax and related socially oriented and democratic reforms. Secondly, the materialisation of this potential presupposes that ATTAC is able to overcome its Francocentrism and tendency for dispersion of its aims. ATTAC also presupposes that its international partners such as Kepa and NIGD will actively contribute to ATTACs work. Fourthly, the Finnish initiative could have a significant role to play also in refining many aspects of the global campaign for the Tobin tax. It could do this by trying to gain support for unilateral EU action and by emphasising and developing ideas about the role and future of the UN, also with and via ATTAC. Furthermore, the Finnish campaign and NIGD research project should further discussions on technical, economic and political problems of the Tobin tax and related cosmopolitan, democratic reforms. There is plenty of room for cooperation also in this regard. Your conference was very interesting for me, and I could learn your experiences very much through the conference. After being back to Seoul, I have discussed your proposal with comrades not only of PICIS but also of People's Solidarity for Social Progress(PSSP). And We have decided the launching of "Project Team related to Free Trade & Investment Agreements and control of transnational financial capital". Project Team will hold the first discussion meeting about "Investment Agreement between Korea and USA"(BIT) on the 29th of Dec.1998. Through it, we will try to make Korean people understand the social impacts of Investment Agreement and the necessity of fighting against the transnational financial capital. Next year we will continue to conduct works about the related issues including "Taxation to the financial transactions", and will hold another big workshop about it in April, 1999. During the workshop, We will propose the building of domestic network in confronting with transnational financial capital to all of the Korean people's organizations including KCTU. About the June international Mobilization, I will propose it to the Korean network and organize the participants. In Solidarity, Jacques
COSSART Rencontre organisée par ATTAC visant à mettre en commun les diverses expériences menées dans divers pays pour tenter de mettre en oeuvre des actions communes au plan international. La participation est indiquée par ailleurs. Dores et déjà deux actions sont programmées:
Cette rencontre a été organisée en partant du constat, plus qu'encourageant, du très rapide et important succès d'ATTAC en France. Succès aussi parce qu'agrégeant de nouveaux militants qui, jusqu'alors, ne s'étaient pas engagés collectivement. Il semble que le thème "appropriation du savoir par les citoyens" soit attractif pour bon nombre d'entre eux qui entendent contester la main mise des "experts" sur la pensée. On ressent très nettement la ferme volonté de mise en commun des expériences en même temps que la diversité de celles-ci. On peut noter, à partir des diverses interventions qui seront résumées plus loin, plusieurs thèmes qui préoccupent à travers le monde et sur lesquels la réflexion et l'action militantes doivent se porter: la taxation (qui ne se réduit pas évidemment à la seule Taxe Tobin) mais qui s'inscrit dans une démarche antilibérale globale, les paradis fiscaux dont la disparition est une condition importante de l'efficacité d'une réforme fiscale, la lutte contre la criminalité financière, très liée aux deux thèmes précédents, l'étude des flux Nord/Sud qui constitue un thème en soi en même temps qu'une question qui se pose à l'occasion de presque tous les autres axes de réflexion, y compris bien entendu sous l'angle pays dominants/pays dominés. La question de l'établissement de règles garantissant un "commerce équitable". Des dispositions comme celle dite "expérience chilienne", interrompue il y a plusieurs années déjà, ont été évoquées. Il a paru souhaitable à plusieurs participants de mettre en évidence la spécificité africaine, les fonds de pension, l'annulation de la dette et le ré-emploi des sommes ainsi libérées, la réforme des institutions, il s'agit là d'une réforme jugée de première importance qui doit concerner: 1. les institutions politiques
Interventions des délégués On ne reprendra pas ici le contenu des interventions qui a conduit à définir les thèmes évoqués plus haut; on se contentera de souligner quelques points mis particulièrement en évidence. Représentant du Comité pour l'annulation de la dette: tient à mettre l'accent sur la dette dans l'ensemble des pays du tiers-monde (y compris les pays de l'est européen) et sur la nécessité de son annulation globale et non seulement pour les seuls PMA. Il rappelle en effet que la conjonction des trois facteurs, chute des cours des matières premières, hausse relative des taux appliqués aux dits pays et chute de l'investissement dans ces mêmes pays, conduit en effet à une nouvelle crise de la dette. Il mentionne l'action commune avec le mouvement religieux Jubilé, tout en précisant que le CADT va au delà dans ses revendications et actions. Représentant sénégalais: au delà des soutiens aux actions prévues et à l'adhésion aux thèmes déjà évoqués, il souhaite qu'une attention particulière soit portée aux mouvements financiers qui servent à la privatisation en Afrique et à ceux qui transitent par ce continent pour alimenter la spéculation générale. Représentante zapatiste: note la faiblesse syndicale au Mexique et tient à souligner les valeurs de la culture amérindienne aux antipodes de celles prônées en Occident, pouvant entraîner par là des incompréhensions, y compris avec les mouvements de résistance de par le monde. Le mouvement participera en novembre 99 à une rencontre latino-américaine à Bellem. Représentants brésiliens: le Brésil, avec son édition du Monde Diplomatique et sa section ATTAC, est un peu singulier par rapport à l'ensemble de cette démarche. C'est évidemment le Mouvement des sans terre (MST) et, plus largement, le PT qui servent de base l'action militante dans l'ensemble du pays. En raison de la grande importance des PME/PMI dans l'économie brésilienne (70% du PIB), la prise en compte de ce secteur en crise est indispensable. Ils portent aussi une attention soutenue au secteur bancaire et à son contrôle. Représentant suisse de Lausanne: voudrait que soient approfondis les rapports entre le "bon" capital (l'industriel) et le "mauvais" (le spéculatif) dans la mesure où ils s'interpénètrent très largement. Il note par ailleurs que le désengagement de l'état passe par une intervention forte de celui-ci au profit de "l'élite". Représentant de l'association des échanges avec l'Afrique (AEFI): souhaite que soit mise en place un groupe Afrique au sein de la commission internationale d'ATTAC. Il aimerait aussi qu'une attention particulière soit portée à la place des DOM/TOM dans les mouvements spéculatifs mondiaux. Représentant philippin: en raison des dispositions constitutionnelles qui sont adoptées dans son pays à l'égard de la dette (40% du PIB peuvent être consacrés au service de la dette....), une réflexion sur la réforme constitutionnelle est conduite et ce d'autant que le changement de gouvernement n'a pas amené de changement de politique! Air connu. Représentants finlandais: réclament l'application unilatérale d'une taxe Tobin par l'Union européenne. Cette proposition a été favorablement commentée par plusieurs participants dans la mesure où l'UE dispose déjà des instruments propres à la levée et l'utilisation d'une telle taxe; ce qui n'est pas le cas au niveau mondial. Représentante italienne: signale que son mouvement déjà ancien a été conforté et revigoré par le succès d'ATTAC. Bien entendu, de nombreux représentantes ou représentants français de diverses organisations ont largement participé aux débats. Jacques COSSART
|
ATTAC Network Institute for Global Democratisation
|